O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Diálogo Poético - José Sá e Ianê Mello





Não faz mal...


Dizias-me...
Tantas vontades tuas
Parecias-me...
Em tantas vaidades nuas
Falavas-me da luz solar
Falavas-me do teu luar
Parecias ressuscitar
Parecias o meu cantar
...
Pensei ser verdade
Dizias que tudo era eu
Dizias que nada mais existia
Parecias a luz do céu
Parecias um anjo, assim eu sentia
Pensei que te tinha
Dizias ser eu, o teu perfume
Dizias ser o teu amor
Parecias a voz do meu queixume
Parecias uma linda flor
...
Pensei que eras minha
Dizias ser a felicidade
Dizias que me davas teu coração
Parecias a mão da bondade
Parecias a minha paixão
Pensei... E afinal...
Não passou daí
Palavras que dizias no meu areal
Desabafos teus que eu li
Parecias, somente parecias
Não faz mal...


José Alberto Sá



No amor renascida


Ah, se eu pudesse
voaria ao infinito
com minhas asas de seda
Ah,se eu pudesse
descortinava os medos
e no abismo me lançava
Ah, se eu pudesse
ao amor me renderia
e dentro dele seria um nada
Ah, se eu pudesse
me enlaçaria em braços,
me perderia em abraços,
me perfumaria em rosas,
alecrim e cravo
Ah, se eu pudesse
seria doce como mel
sedosamente floresceria
no jardim encantado
e no amor me reencontraria

Ah, se eu pudesse...
em teu amor renasceria.




Ianê Mello



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