Ao jovem de Weimar, cantante do amor eterno. ( à Wolfgang Von Goethe )
Por que cruzas minha rua?
a manhã chega mais cedo
a tarde nunca tem medo
a noite torna-se aurora
Jovem livre humanizado
de amor livre é formado
cantarolando segue seu uivo
terno, encanto miúdo
Pássaro raro dos prados dourados
Dos palácios constituiam teus enleios
passeios floris com donzelas pueris
longas hastes de amor sem hora
Caminhada longa, geme e sonha
escrituras exaustas, livre do Fausto
Do peso, e do encalço
germina canção do vovô
E na decadência do físico
encontra ainda lindo vício
Nas escrituras ébrias enlevadas
destinada às lindas encatadoras
mulheres jovens, belas amadas.
Giselle Serejo
Sol brilha na janela do quarto
desperta saudades de um amor estranho
carinho que me envolve
em braços que me acolhem
em calores de corpos que incendeiam lembranças
me lembra tua voz falando ao meu ouvido
palavras e amor
que meu corpo desperta
sentimentos puros e impuros
em momentos
que tua boca quente me incandece
o sol brilha la fora
minhalma treme
sente o frio da ausência de minha noite insone
e viajo em sonho louco
te imaginando presente
enquanto o sol na janela aquece
a minha alma
e o calor na pele
compensando tua ausência.
Enice de Faria
Entre o ontem e o depois
Entre o ontem e o depois
vivi intensamente
o amor inconsequente...
caliente...
fervente...
ardente...
...
entre o ontem e o depois
voce esteve presente...
pulsante...
arfante...
contente...
....
entre o ontem e o depois
vivi...
amadureci...
incandesci...
...
entre o ontem e o depois
em alguma dobra do tempo
te perdi............
Enice de Faria
O AMOR SEMPRE ESPERA
O amor sempre espera
se prepara e se encanta
em vestidos e meias
da mais pura seda
sensualidade a ronronar
enroscando-se
no corpo amado...
em ofertas de olhares
em bocas entreabertas
em mãos sinuosas
em pernas que se cruzam
em sorrisos de malícia
O amor sempre espera
em longas noites escuras
em oscilações de medo
em buscas inusitadas
em carências imprudentes
em palavras vãs
em solidões exatas
O amor sempre espera
como o incansável sol
o fim do ocaso
e o despertar da aurora.
Ianê Mello
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