O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




domingo, 16 de outubro de 2011
















Iman Maleki




Sentadinho, deixou o pensamento vagar



Lembrou da mãe, lendo a carta, a chorar



sabia do pai, mas não sabia da sua sorte



não entendia estar preso, tampouco sabia



de morte. Mas era o pai que ele amava.



A memória não lembrava o rosto, o olhar



Sempre imaginou seu pai um rei, uma luz



um Farol! Que um dia seus caminhos guiaria.



Com um toquinho de giz, imaginou a face do pai,



e na parede fria desenhou o sol no meio do quadrado.





Era o brilho do seu pai ali, marcado.



e ele, seu guardião, seu soldado.

Um comentário:

Ianê Mello disse...

Bom te ver por aqui, amiga.
Belo poema!
Volte sempre.
Bjs.

Related Posts with Thumbnails