O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O LOBO É O HOMEM DO LOBO


Vida esponjosa
manancial úmida
goteja sólida
selvagem natureza.
O lobo engole o homem
sentida angústia
digere aos gritos o que o sofrimento cala;
no vômito, encontro poucas certezas
quem sou diluiu-se no estômago ácido.

O radar avisa:
Limite de velocidade na próxima curva.

-Não posso! Preciso continuar fugindo...
Acabei de atropelar a criança que um dia fui.

O melhor de mim hoje morreu.
Lou Albergaria
in O Cogumelo que Nasce na bosta da Vaca Profana

4 comentários:

Samuel F. Pimenta disse...

Cheguei até aqui através da Zélia e gostei muito do espaço. Um grande bem-haja pela iniciativa de manterem a Poesia tal como ela deve estar: VIVA.

Tudo de bom,

Samuel Pimenta.

Ianê Mello disse...

Obrigada, Samuel.

Se quiser participar, mande-me seu e.mail e me avise que farei seu cadastro.

Um abraço.

Ianê Mello disse...

Parabéns, Lou!

Obrigada pela contribuição.

Bjs.

Anônimo disse...

Muito obrigado pelo carinho da visita Braulio rs.
Poema triste meu amigo. O melhor da gente nunca morre, permanece para nos ajudar a suportar os nãos da vida.
Abraços carinhosos.

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